Dom Paulo Evaristo faz 95 anos e recebe homenagem
Além da presença do Cardeal Arns, estão confirmadas as participações do jurista Dalmo Dallari; o Bispo Dom Angélico Sândalo Bernardino; o coordenador do MST, João Pedro Stédile; os advogados Fermino Fechio, José Gregori, Luiz Eduardo Greenhalgh e Mário Simas; o secretário municipal de direitos humanos de São Paulo, Felipe de Paula; o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedrini; a Reitora da PUC-SP, Anna Maria Marques Cintra; o representante do povo da rua Evandro Floriano de Oliveira; e a viúva de Santo Dias, Ana Dias.
O Teatro Tuca foi palco de uma homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo-Emérito de São Paulo, que acaba de completar 95 anos.
O evento marcará também o pré-lançamento da biografia do Cardeal Arns, Dom Paulo, um homem amado e perseguido, das jornalistas Evanize Sydow e Marilda Ferri, pela editora Expressão Popular.
Considerada obra de referência para responder a questões fundamentais que marcaram a história de milhares de vítimas de perseguições e do arbítrio durante o período do regime militar, a biografia é lançada como parte da programação que ainda prevê a realização de uma exposição de arte sobre a trajetória de Dom Paulo Evaristo Arns.
Toda a venda do livro será revertida para a produção da exposição.
Dom Paulo, um homem amado e perseguido teve sua primeira versão lançada em 1999 e agora chega ao público revisada e ampliada com os acontecimentos na Igreja Católica dos
últimos 17 anos.
O evento no Tuca contará com a rara presença do Cardeal Arns, além das participações de nomes que marcaram a trajetória de Dom Paulo à frente da Arquidiocese de São Paulo.
No Tuca o livro (480 páginas) será vendido a R$ 58,10 (pré-venda). Quem comprar estará apoiando a realização da exposição sobre os 95 anos do homenageado e seu papel fundamental na luta pela democracia.
Quem leu Dom Paulo, um homem amado e perseguido
“Se a gente tem um espaço privilegiado par trabalhar na construção da cidadania, espaço mais importante criaram a Evanize e a Marilda, minhas colegas que também são jornalistas, porque trazem palavras aqui que nos orientam não na construção da consciência da cidadania, mas aí, de fato, do reino de Deus. Acho que isso é muito importante para nós porque é história.” (Chico Pinheiro, jornalista)
“O cardeal Paulo Evaristo Arns é um dos homens mais corajosos que conheço. Sua vida dedicada ao próximo agora vem a público com riqueza de detalhes nesta obra ‘Dom Paulo Evaristo Arns, um homem amado e perseguido’, de autoria de Evanize Sydow e Marilda Ferri. A obra expõe, com farta documentação, a importância de dom Paulo na vida de Fernando Henrique Cardoso, José Carlos Dias, José Gregori, Dalmo Dallari, Lula, Leonardo Boff e muitos outros que sofreram perseguição por causa da justiça.” (Frei Betto, escritor)
“Além de jornalistas, Evanize Sydow e Marilda Ferri (minhas biógrafas) buscaram e reproduziram a verdade dos fatos e se revelaram como pesquisadoras. Essa pesquisa foi realmente uma surpresa para mim. E talvez seja uma surpresa para vocês todos. Elas consultaram, em primeiro lugar, as fontes bibliográficas modernas. O que fizeram mais? Uma coisa que eu pensei que nunca conseguissem: foram pesquisar dentro dos arquivos particulares de várias pessoas que são, realmente, reservados e confiados somente a amigos ou a pessoas de grande confiança. Estudaram teses, leram relatórios, penetraram no segredo de documentos e discursos muitas vezes difíceis de encontrar e já, quem sabe, arquivados em lugares onde vão desaparecer. O que pareceu ainda mais corajoso, se é possível haver uma coisa mais corajosa do que esta porque exige fino trato e, além disso, arrojo jornalístico: elas consultaram 118 pessoas que são contra dom Paulo ou a favor de dom Paulo. Elas fizeram o que fez o maior escritor cristão da Antigüidade, São Jerônimo. Foram para “scrinia cordis”, quer dizer, examinaram os segredos do coração de algumas pessoas e puderam revelar aquilo dentro do livro. Coisas que eu mesmo confessei a elas e não confessei a outros.”
(Dom Paulo Evaristo Arns)
24 de outubro, às 18hs
Teatro Tuca – Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes, São Paulo, SP
Entrada franca